Ler por aí… em Marselha
Ler por aí… em Marselha Se fosse viajar para Marselha, que livro levaria na bagagem?
Artigos com autoria de Margarida Branco
Ler por aí… em Marselha Se fosse viajar para Marselha, que livro levaria na bagagem?
15 livros ilustrados com muito Ler por aí…
Para participar no #marçoilustrado, iniciativa bookstagrammer da @silveria.miranda e do @na.cama.com.os.livros, deixo aqui 15 sugestões de livros ilustrados que, além de nos encantarem de lindos, nos fazem viajar. E é um engano pensar que só irão agradar às crianças!
Ler por aí… em Lisboa, e outras cidades, que também são recordadas: A História de Roma, de Joana Bértholo
Joana passeia o rapaz suíço por Lisboa: andamos com eles por Santos (o Museu Nacional de Arte Antiga), Campo Grande (o Museu Bordalo Pinheiro), Marquês de Pombal (a Estufa Fria), a Almirante Reis e o Intendente (a Casa Independente), Alfama e Graça, Santa Apolónia, Terreiro do Paço (o Martinho da Arcada) e Chiado (e as Belas Artes). E com isto, vejo que acabo de criar um circuito para este livro!
Este artigo pretende dar pistas para a compreensão desta História que não passa pelos livros da escola. Por isso, reuni alguns dos livros sobre o assunto, que importa conhecer. Não é uma lista exaustiva, mas espero que sejam portais para a exploração deste universo, e que estas leituras levem a outras.
Ler por aí… em Castelo Rodrigo: A Aldeia das Almas Desaparecidas de Richard Zimler
Estamos na aldeia de Castelo Rodrigo, próximo da fronteira com Espanha e a Sul do rio Douro. Esta é a paisagem da aldeia mais bela do mundo, segundo o nosso protagonista, Isaac Zarco. Reconhecemos este sobrenome de outros livros de Richard Zimler, em primeiro lugar do primeiro deste Ciclo Sefardita, O Último Cabalista de Lisboa. Isaac dista de Berequias 150 anos e várias gerações – e quase 400 quilómetros! O século XVII vai avançado, os Filipes espanhóis já se foram embora, mas reina a Inquisição.
Em crianças, ouvíamos vezes sem conta a mesma história. Já sabíamos o fim, mas mesmo assim, queríamos ouvi-la novamente. Ficávamos ansiosos, à espera daquela cena que já sabíamos que ia acontecer. A minha mãe contava-me, e ainda me conta, muitas histórias de filmes e de livros. Lembro-me de uma de Hitchcock, que acaba com os polícias a comerem a arma do crime: uma perna de borrego assada! Mais tarde, vi …
Ler por aí… na Islândia: A Raposa Azul, de Sjón: Tenho esta imagem da Islândia: um território extremamente vulcânico, em constante erupção e mutação, em que territórios que hoje existem amanhã podem já lá não estar, e vice versa. Por isso, fico a pensar se alguns dos locais referidos pelo autor existiriam no século XIX e hoje já não existem, ou se foram simplesmente inventados por ele.
Ler por aí… no Tâmega-Sousa – Norte de Portugal: A Sibila de Agustina Bessa-Luís Não está explícita a localização da Casa da Vessada, mas há indícios na obra que a colocam algures no Tâmega, algures no triângulo formado por Amarante, Penafiel e Marco de Canaveses. No centro deste triângulo encontramos Vila Meã, terra natal de Agustina Bessa-Luís. E é em Vila Meã que se situa a Casa do Paço, casa que inspirou a Casa da Vessada. Esta informação não vem do texto, mas sim do website do Círculo Literário Agustina Bessa-Luís, que disponibiliza um Roteiro Literário da obra da autora.
Acredito que Santo Domingo do título não se refere à cidade de Santo Domingo, hoje capital da República Dominicana, mas sim a Saint-Domingue, nome da colónia francesa na ilha de Hispaniola, dividida actualmente entre o Haiti e a República Dominicana.
A história desta velha passa-se em Cabo Verde – na época da colonização portuguesa – mais concretamente, na ilha de Santiago – numa vila chamada Lém, que fica no interior da ilha, a cerca de 12 kms da Praia, portanto na parte Sul da ilha. É esta vila que, na história, se torna o novo centro do cristianismo.
Uma oficina de restauro de pianos em Benfica, mas não nos prédios que hoje lá existem. Era no núcleo antigo de Benfica que ficava a oficina. Dos pianos velhos que jaziam no cemitério retiravam-se peças para os pianos a reparar. Dentro de um piano, uma peça de um piano mais velho, como no filho, e no neto, há peças do pai e do avô. A história desenvolve-se neste círculo, e alterna entre duas épocas e duas gerações, – a renovação. Nascimentos e mortes coincidem no tempo. O mais velho dá lugar ao mais novo. A vida acontece no entretanto, sempre repetida, mas diferente.
Senhoras, senhores, amigos,Quero fazer um esclarecimento prévio, e que provavelmente serão vários esclarecimentos prévios. O primeiro é que eu ditei, apressadamente, por telefone, a ordem dos temas destas conferências, e depois, pensando melhor, julguei mais natural modificar essa ordem. De modo que começaremos, para considerar a história do tango, começaremos pelo teatro, pelo ambiente, depois pelas personagens do tango, depois pela evolução que já tem bastante mais de meio século, …
Ler por aí… em Buenos Aires: O Tango, Quatro Conferências, de Jorge Luis Borges continue a ler »
Uma casa onde jovens raparigas dormem sob o efeito de drogas, para deleite de homens “no inactivo”. Eguchi foi a esta casa para experimentar, e ficou tão impressionado que não resistir a ir mais algumas vezes dormir com estas jovens, inanimadas porém extraordinariamente belas.
Não sabemos onde se situa a Casa das Belas Adormecidas. Apenas nos é dito que fica numa região quente, e sabemos que fica junto ao mar – o barulho das ondas na falésia soa ruidosamente dentro da casa. O som das ondas a rebentar na falésia cria uma atmosfera fantasmagórica – fez-me pensar na Pousada da Jamaica (Jamaica Inn), o filme de Alfred Hitchcock, não o romance de Daphne du Maurier, que não li.
Os tambores da chuva só se ouvem quando vai chover. Avisam o exército turco que é hora de retirar.
O cerco a esta cidadela albanesa começa em 18 de Junho e termina em 1 de Outubro, de um certo ano do século XV. O cerco turco durou todo o Verão, e era sabido que se não tomassem a cidadela durante o tempo seco, não iriam conseguir fazê-lo após as primeiras chuvas.
Imaginemos o Alasca como um território inóspito, selvagem, muito, muito frio, e com paisagens magníficas. Conseguimos imaginar o estado de espírito de Roy, um adolescente, ávido de vida, ao ver-se obrigado a ir por um ano (um ano, na adolescência, é uma eternidade…) para uma ilha deserta no Alasca: sem escola, sem amigos, sem nada de estimulante que não as magníficas paisagens e a necessidade de sobreviver a um Inverno escuro, duro e longo:
Ler Bestas de lugar nenhum é um murro no estômago. Lembro-me de, em criança, pegar num jornal e ver uma fotografia de crianças-soldado na Libéria. Armadas com metralhadoras. Aquilo passou a ser, para mim, o paradigma da maldade do mundo.
Gaivotas em terra, dizem, tempestade no mar. No caso da gaivota Kengah, tratou-se de uma tempestade negra: foi uma maré negra de petróleo que a forçou a ir para terra e quase a matou. Uma maré negra no Mar do Norte, junto à foz do rio Elba, na Alemanha, ponto de encontro de rotas migratórias das gaivotas.
Acaba de sair esta compilação de viagens literárias, que compus com dedicação e carinho para quem se juntar a nós.
Neste pequeno livrinho para guardar, tem o melhor do Ler por aí… até à data.
‘Chegou o decreto do Altíssimo e, com ele, o fim.’ Coube-me a mim fechar-lhe os olhos. Perdurar é privilégio de Alá, mas não consigo evitar as lágrimas enquanto rezo por al-Mu’tamid que foi meu rei e um poeta bem mais auspicioso do que o seu trágico destino. Luto contra esta dor como contra um dilúvio, ainda assim não paro de chorar. Faço por me lembrar que ele nunca me perfilhou, …
Ler por aí… no al-Andalus: Crónica do Rei Poeta al-Mu’tamid, de Ana Cristina Silva continue a ler »
Esta história começa em 1746, no Norte da Escócia, com a batalha de Culloden, em que escoceses jacobitas foram derrotados pelas forças inglesas do Duque de Cumberland, conhecido na Escócia como “the butcher”, o carniceiro.