Fernão Mendes Pinto diz ao que vai e com isto ao que todos iam. Esta obra satírica é um livro de moral disfarçado de livro de aventuras. Sátira da colonização portuguesa, a Peregrinação usa todos as ferramentas da literatura satírica: do pícaro ao ingénuo, do bondoso ao herói, Fernão Mendes Pinto encarna todas as personae da sátira. 

Há alguns anos fui jantar a um restaurante turco de Lisboa. Pedi a lista dos vinhos e o senhor respondeu-me que não tinha lista, porque não queria ter nada a ver com a vende álcool. “Sou muçulmano, não toco em álcool. Quem o vende são os meus empregados; eles compram, vendem e ficam com o lucro todo. Vou chamá-lo”.

No dia seguinte eu ia fazar uma leitura das “Odes ao Vinho” de Omar Khayyam (o título é o da edição da Morais de 1970, tradução de E. M. de Melo e Castro, o meu rimeiro contacto com os Rubaiyat) e lembrei-me de o dizer ao proprietário do restaurante:

Paul Theroux, no fantástico “Dark Star Safari”, conta-nos uma viagem que fez por terra (com a excepção da primeira etapa, Egipto – Sudão, de avião) – e em meios de transporte “locais” – entre o Cairo e Cape Town. Visitou 10 desses países – Egipto, Sudão, Etiópia, Quénia, Uganda, Tânzania, Malawi, Moçambique, Zimbabwe, e África do Sul. Quase todos anglófonos, e quase todos na África do Leste.