Marinheiro, escritor, cozinheiro amador e pai adoptivo do Ler por aí… É o nosso bourlingueur de serviço. Viveu em Moçambique, Espanha, Suíça, Brasil, Panamá, Portugal, navegou nas marinhas mercantes portuguesa e venezuelana, andou à pescada na África do Sul e à pancada na Rússia (e na Venezuela e em Moçambique), teve mais empregos em mais áreas do que aquelas de que se lembra – e lembra-se de muitas. Foi rico na Rússia soviética e pobre no resto do mundo. Em 2009, criou o projecto Mares – Olhares, provavelmente a única coisa que fez na vida pela qual daria dez ou quinze ou vinte anos da mesma.
Escreve desde pequeno, mas por felicidade tudo o que escreveu foi-se perdendo. Em 2003 decidiu contrariar tanta felicidade e criou o blogue Don Vivo, com o intuito de aí armazenar as coisas que ia escrevendo. O blogue ganhou vida própria e tornou-se uma parte integrante, importante e essencial da sua vida. Avenida da Liberdade, nº 1 foi o primeiro livro que publicou, a partir de uma selecção de posts do blogue.
Desde 2018 vive em Palma de Maiorca, onde reconstrói uma embarcação de vela chamada “Panda”, pelo qual se apaixonou apesar de todas as promessas e juras que fez: «Nunca mais me apaixonarei por um barco!» Nunca teve uma mulher em cada porto, mas cada mulher foi para ele um porto.
Publicações de Luís Serpa:
Este livro não se dirige apenas a pessoas directamente ligadas ao mar, mas sim a quem se interessa pela humanidade e sua história: o mar desempenhou um papel fundamental nessa história. Mistérios é um romance estranho, caótico, obscuro, cheio de «caminhos que se bifurcam», tantas vezes exasperante. Chegamos ao fim e sabemos tanto de Nagel como sabíamos ao princípio (mas sabemos muito mais de todos os outros. Nagel age como um revelador naquela pequena comunidade). Uma Casa para Mr. Biswas – ou Pícaro nas Caraíbas. Fernão Mendes Pinto diz ao que vai e com isto ao que todos iam. Esta obra satírica é um livro de moral disfarçado de livro de aventuras. Sátira da colonização portuguesa, a Peregrinação usa todos as ferramentas da literatura satírica: do pícaro ao ingénuo, do bondoso ao herói, Fernão Mendes Pinto encarna todas as personae da sátira. Há alguns anos fui jantar a um restaurante turco de Lisboa. Pedi a lista dos vinhos e o senhor respondeu-me que não tinha lista, porque não queria ter nada a ver com a vende álcool. “Sou muçulmano, não toco em álcool. Quem o vende são os meus empregados; eles compram, vendem e ficam com o lucro todo. Vou chamá-lo”. No dia seguinte eu ia fazar uma leitura das “Odes ao Vinho” de Omar Khayyam (o título é o da edição da Morais de 1970, tradução de E. M. de Melo e Castro, o meu rimeiro contacto com os Rubaiyat) e lembrei-me de o dizer ao proprietário do restaurante: Paul Theroux, no fantástico “Dark Star Safari”, conta-nos uma viagem que fez por terra (com a excepção da primeira etapa, Egipto – Sudão, de avião) – e em meios de transporte “locais” – entre o Cairo e Cape Town. Visitou 10 desses países – Egipto, Sudão, Etiópia, Quénia, Uganda, Tânzania, Malawi, Moçambique, Zimbabwe, e África do Sul. Quase todos anglófonos, e quase todos na África do Leste.Ler por aí… nos Mares: O Mar, Uma História Cultural
Ler por aí… na Noruega: Mistérios, de Knut Hamsun
Ler por aí… em Trinidad y Tobago, nas Caraíbas
O livro é bastante autobiográfico – a personagem de Mr. Biswas inspira-se no pai de Naipaul.Ler por aí… em viagem pelo Oriente
Ler por aí… na Pérsia (Irão)
Ler por aí… do Cairo a Cape Town
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